Os trabalhadores, a maioria originária de outros estados — especialmente do Maranhão — foram recrutados por intermédio de um “gato”, que prometeu boas condições de trabalho, hospedagem e alimentação gratuitas. Contudo, ao chegarem ao local, se depararam com alojamentos precários, acomodações sem registro em carteira, pagamento feito por esse intermediário e descontado sob a justificativa de cobrir alimentação, além de ameaças de morte caso recusassem o trabalho
Os alojamentos não ofereciam higiene adequada — sem camas, roupas de cama ou armários — e, devido ao frio, os trabalhadores dormiam vestidos com as mesmas roupas usadas durante a jornada, muitas vezes adquiridas com recursos próprios. Também não receberam Equipamentos de Proteção Individual e chegaram a trabalhar descalços em temperaturas baixas.
Identificada a condição análoga à escravidão, todos foram retirados do local e levados a uma pousada da cidade até que seus direitos fossem assegurados. Na manhã de 27 de maio, receberam cerca de R$ 150 mil em verbas rescisórias, além de terem o retorno pago às suas cidades de origem .
Foram emitidas também as guias para seguro-desemprego especial e lavrados autos de infração contra os responsáveis .
Como denunciar
Trabalhos em condições modernas de escravidão podem ser denunciados anonimamente via Sistema Ipê, disponível no site do Ministério do Trabalho

0 Comments:
Postar um comentário