Exército de Israel admite conhecimento sobre feridos após ataque próximo a ponto de ajuda em Gaza

 




As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram estar "cientes de relatos sobre um número de pessoas feridas por fogo das FDI", após o Ministério da Saúde de Gaza anunciar que mais de 50 palestinos morreram nesta terça-feira (17) nas proximidades de um ponto de distribuição de ajuda humanitária na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. As autoridades de Gaza responsabilizam Israel pelas mortes.

Segundo testemunhas, o local atingido ficava na rotatória de Tahlia, onde multidões se concentraram desde as primeiras horas do dia à espera de alimentos e suprimentos. Imagens compartilhadas nas redes sociais e verificadas pelo The New York Times mostram o cenário de destruição e pânico após o episódio violento.

O exército israelense informou que identificou “uma reunião de pessoas próxima a um caminhão de distribuição de ajuda que ficou preso na região de Khan Younis”, área onde tropas israelenses estavam atuando no momento do incidente.

A tragédia gerou comoção e aumentou a sensação de insegurança entre os civis palestinos. “Nunca mais tentarei”, disse um morador de Gaza ao jornal norte-americano, relatando o medo constante de sair em busca de auxílio humanitário diante dos riscos crescentes de ataques e confrontos.

A violência no entorno dos locais de entrega de ajuda tem sido recorrente nos últimos meses, à medida que a crise humanitária se agrava em Gaza. Relatórios internacionais já apontam para níveis alarmantes de insegurança alimentar, falta de acesso a medicamentos e infraestrutura hospitalar colapsada, deixando a população ainda mais vulnerável.

A operação militar de Israel em Gaza foi intensificada após os ataques de 7 de outubro de 2023, com o objetivo declarado de desmantelar o Hamas. Desde então, confrontos têm resultado em um elevado número de mortos e feridos, tanto entre combatentes quanto entre civis.

Organizações de direitos humanos e agências internacionais têm expressado preocupação com o impacto da ofensiva israelense sobre a população civil e exigem que os corredores humanitários sejam respeitados. A ONU já alertou que áreas como Khan Younis necessitam de proteção urgente para garantir o acesso seguro à ajuda humanitária.

Até o momento, Israel não confirmou oficialmente se suas tropas dispararam contra civis no episódio desta terça-feira, mas prometeu investigar o ocorrido.

A comunidade internacional segue atenta ao desenrolar dos fatos, enquanto cresce a pressão por um cessar-fogo e por soluções que garantam o socorro à população civil.

Fonte: The New York Times

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Libia López Jornalismo-Repórter News working in Brasil

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